O Rio Queria ser Paris

Ademir Ribeiro

Compositor: Ademir Ribeiro / Felipe Filosofo

Quando a segregação
Se veste elegante
A aparência bota-abaixo
Cada semblante
Histórias se vão

Os sonhos desabrigados
Não seguem os passos
Nas calçadas sem coração
Do Porto ao Morro do Castelo
Se apaga o singelo
Que não se traduz
Em uma nova Cidade Luz

Lá no alto a poesia
A verdade se revela
A esperança fez morada
O seu nome é favela

E assim
Oxóssi caçador
Seu filho nos enviou
Numa flecha certeira

À céu aberto olhando o mundo girar
O mestre-sala e a porta-bandeira
Semeiam a arte do povo
E o Reino de Ouro
Governa a alegria

Okê Arô é a magia pra nos proteger
O morro desce em peso
E cantoria quer de volta o seu Ayê

O tambor é quem diz
Se o rio quer ser Paris
Vai ter batuque o ano inteiro
Porto Carambeí
Canta pra resistir
A avenida é nosso terreiro

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